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Tipo do documento: Tese
Title: Evidências sorológicas e moleculares de infecção natural por Mycobacterium leprae em tatus (Euphractus sexcinctus) no estado do Rio Grande do Norte, Brasil
Other Titles: Serological and molecular evidences of natural Mycobacterium leprae infection in armadillos (Euphractus sexcinctus) in the state of Rio Grande do Norte, Brazil
Authors: Ferreira, Jessica da Silva
Orientador(a): McIntosh, Douglas
Primeiro coorientador: Suffys, Philip Noel
Primeiro membro da banca: McIntosh, Douglas
Segundo membro da banca: Matias, Carlos Alexandre Rey
Terceiro membro da banca: Santos, Tiago Marques dos
Quarto membro da banca: Pessolani, Maria Cristina Vidal
Quinto membro da banca: Roque, André Luiz Rodrigues
Keywords: Mycobacterium leprae;Tatu;Imunodiagnóstico;Genotipagem;Zoonose;Mycobacterium leprae;Armadillo;Imunodiagnostics;Genotyping
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Issue Date: 9-May-2019
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Citation: FERREIRA, Jessica da Silva. Evidências sorológicas e moleculares de infecção natural por Mycobacterium leprae em tatus (Euphractus sexcinctus) no estado do Rio Grande do Norte, Brasil.129 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2019.
Abstract: A hanseníase é uma doença crônica e infecciosa com alto potencial para causar incapacidade física. Até recentemente, acreditava-se que Mycobacterium leprae era um patógeno exclusivamente humano. No entanto, a detecção de fontes não humanas da bactéria, mais notadamente em tatus, levantou questões sobre a cadeia de transmissão da hanseníase. Os tatus da espécie Dasypus novemcinctus são conhecidos por estarem envolvidos na manutenção e transmissão de M. leprae a humanos nos Estados Unidos da América (EUA), onde a hanseníase é classificada como uma zoonose. No Brasil, tatus (principalmente D. novemcinctus) naturalmente infectados por M. leprae foram relatados em algumas regiões. Além disso, o contato via caça, manejo, reprodução e consumo de carne de tatu é considerado um fator de risco para transmissão de M. leprae ao homem. No entanto, em contraste com os dados conclusivos apresentados nos EUA, as evidências que sustentam a existência de hanseníase zoonótica, envolvendo tatus no Brasil, são essencialmente sugestivas. O presente estudo avaliou tatus Euphractus sexcinctus (n=20), coletados em localidades rurais no estado do Rio Grande do Notre (RN), Brasil, para investigar infecção por M. leprae. O soro foi analisado através de dois ensaios imunoenzimáticos “in-house” (ELISAs) e dois testes imunocromatográficos de fluxo lateral (LF) comercialmente disponíveis (ML flow e NDOLID®), a fim de detectar reposta ao PGL-I e LID-1, ambos antígenos da bactéria. A presença do DNA de M. leprae no tecido hepático foi analisado utilizando o elemento repetitivo específico de M. leprae (RLEP), como alvo em ensaios de PCR convencional e nested. Dados moleculares e sorológicos (ELISA anti-PGL-1) indicaram que 20/20 (100%) dos tatus foram infectados por M. leprae. Os níveis de detecção correspondentes aos testes LF, foram 17/20 (85%) e 16/20 (80%), para os testes de fluxo NDO-LID® e ML, respectivamente. A genotipagem de isolados de M. leprae oriundos de pacientes e tatus foi conduzida utilizando sistemas baseados em marcadores moleculares como Números Variáveis de Repetições Tandem (VNTRs) e Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs), quando possível. Estes perfis genotípicos foram combinados com os resultados de outros estudos brasileiros e internacionais, incluindo os de tatus nos EUA, para gerar um banco de dados. Análises baseadas em VNTRs evidenciaram que os isolados de M. leprae oriundos de E. sexcinctus são altamente relacionadas entre si. A análise comparativa dos isolados de M. leprae oriundos de E. sexcinctus com os perfis contidos na base de dados de VNTRs, embora evidenciasse correlação, não forneceu evidências definitivas para um perfil genético comum entre pacientes e tatus brasileiros. Portanto, dadas as deficiências nos perfis genotípicos das amostras oriundas de tatu e em uma porção substancial das oriundas dos humanos, devido a dificuldades encontradas na amplificação de alguns marcadores, seria incorreto afirmar que nossos dados forneceram evidências conclusivas da existência de perfil genotípico de M. leprae comum entre pacientes e humanos no Brasil. Recomenda-se que, para resolver esta lacuna, as melhorias nos protocolos de genotipagem baseada em VNTRs existentes devem ser uma prioridade para futuras pesquisas sobre este importante tópico. Apesar da natureza inconclusiva dos dados de genotipagem, concluiu-se que, em comum com D. novemcinctus, tatus E. sexcinctus representam um reservatório de M. leprae e, como tal, seu papel em um possível ciclo zoonótico de hanseníase no Brasil merece mais investigação.
Abstract: Leprosy is a chronic and infectious disease with a high potential for causing physical disability. Until recently, it was believed that Mycobacterium leprae was an exclusively human pathogen. However, the detection of non-human sources of the bacterium, most notably in armadillos, raised questions about the transmission chain of leprosy. Armadillos of the species Dasypus novemcinctus are known to be involved in the maintenance and transmission of M. leprae to humans in the United States of America (USA), where leprosy is classified as a zoonotic disease. In Brazil, armadillos (principally D. novemcinctus) naturally infected by M. leprae have been reported in some regions. In addition, contact via hunting, handling, breeding and consumption of armadillo meat are considered a risk factor for transmission of M. leprae to humans. Yet, in contrast to the conclusive data presented by in the USA, evidence to support the existence of zoonotic leprosy, involving armadillos, in Brazil is essentially suggestive. The current study evaluated twenty specimens of the sixbanded armadillo (Euphractus sexcinctus), collected from rural locations in the state of Rio Grande do Notre (RN), Brazil for evidence of infection with M. leprae. Serum was examined using two “in-house” enzyme-linked immunosorbent assays (ELISAs) and via two commercially available (ML flow and NDO-LID®) immunochromatographic lateral flow (LF) tests, for detection of the PGL-I and/or LID-1 antigens of the bacterium. The presence of M. leprae DNA in liver tissue was examined using the M. leprae-specific repetitive element (RLEP), as target in conventional and nested PCR assays. Molecular and anti-PGL-1-ELISA data indicated that 20/20 (100%) of the armadillos were infected with M. leprae. The corresponding detection levels, recorded with the LF tests were 17/20 (85%) and 16/20 (80%), for the NDO-LID® and ML flow tests respectively. Genotyping of M. leprae strains generated from patients in Mossoró, (RN) and armadillos was conducted using systems based on Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs) and Variable Numbers of Tandem Repeats (VNTRs) molecular markers. Those profiles were combined with the findings of other Brazilian and international studies, including those from armadillos in the USA, to generate a database. Analyses, based on VNTRs, of the M. leprae samples from E. sexcinctus showed them to be highly related to each other. Comparative analysis of the E. sexcinctus samples with the profiles contained in the VNTR database did not provide definitive evidence for a M. leprae genetic profile common between human and armadillo in Brazil. Therefore, given the deficiencies in the profiles of both the armadillo samples and a substantial portion of the human isolates, due to difficulties encountered in the amplification of some markers, it would be incorrect to affirm that our data provided conclusive evidence the existence of a common M. leprae genetic profile in Brazil. It is recommended that, to resolve this uncertainty, improvements in the existing VNTR protocols should be made a priority for future research on this important topic. Despite the inconclusive nature of the genotyping data, it was concluded that, in common with D. novemcinctus, six banded armadillos represent a reservoir of M. leprae and as such, their role in a possible zoonotic cycle of leprosy within Brazil warrants further investigation.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9604
Appears in Collections:Doutorado em Ciências Veterinárias

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