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Tipo do documento: Tese
Title: Transformações no campo da moda: crítica ética e estética
Other Titles: Changes in fashion: criticism, ethics and aesthetics
Authors: Berlim, Lilyan Guimarães
Orientador(a): Portilho, Maria de Fátima Ferreira
Primeiro membro da banca: Portilho, Maria de Fátima Ferreira
Segundo membro da banca: Barbosa, Lívia
Terceiro membro da banca: Wilkinson, John
Quarto membro da banca: Ashley, Patrícia Almeida
Quinto membro da banca: Cunha, Káthia Castilho
Keywords: Consumption. Fashion;Social Criticism;Ethic. Aesthetic;Sustainability.;Consumo;Moda;Crítica Social;Ética;Estética;Slow fashion;Fast fashion;Sustentabilidade
Área(s) do CNPq: Sociologia
Artes
Idioma: por
Issue Date: 30-Sep-2016
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Citation: BERLIM, Lilyan Guimarães. Transformações no campo da moda: crítica ética e estética. 2016. 342 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro -4 RJ, 2016.
Abstract: A moda e a indústria têxtil constituem um dos maiores segmentos de negócios do mundo. Associadas simbioticamente, chamamos este campo de indústria da moda. O segmento vem sendo alvo de críticas éticas, estéticas e ambientais. Estas críticas se dirigem, principalmente, ao que tem sido chamado de “moda rápida”, ou fast fashion, um sistema de produção de alta velocidade, integrado às tecnologias de informação, que gerencia lançamentos, vendas, estoques e manufatura de roupas, transformando fichas técnicas de peças de vestuário em um produto acabado dentro de pontos de venda em poucos dias. O fast fashion é uma consequência das dinâmicas do capitalismo global em busca do menor custo, em um menor espaço de tempo de fabricação, distribuição e venda, baseando-se em trabalho precário (muitas vezes em condições análogas à escravidão), na promoção do hiperconsumo e do descarte rápido de roupas e, consequentemente, do consumo de recursos naturais em escala vertiginosa, com impactos ambientais de grande extensão, e, ainda, na padronização do corpo e na difusão de uma sutil homogeneização do parecer, promovida pelas mídias de moda. Tais práticas se estabeleceram na moda nas últimas décadas do século XX como consequência das transformações do capitalismo global. A presente pesquisa mapeou e analisou as relações entre a moda e a crítica, o surgimento, a construção e as atuais configurações da crítica ética e estética ao fast fashion e as respostas que o mercado vem dando às mesmas, assim como as propostas alternativas construídas por segmentos do mercado, em especial, o movimento “moda lenta”, ou slow fashion: seu conceito, ideias e propostas de produção, consumo e engajamento. A partir da análise da politização do consumo e das macrotendências, que se configuram como um pano de fundo sociocultural às tendências de consumo, verificamos a expressão destas críticas e sua incorporação pelo corpo social; identificamos aí uma chave explicativa para a incorporação das críticas pelo mercado de moda, corroborando com o quadro teórico de Boltanski e Chiapello (2009), que entende a incorporação das críticas como necessária à justificação moral do capitalismo e sua manutenção. Os resultados indicaram que tanto o corpo social quanto o mercado expressam e incorporam as críticas nas práticas de consumo de moda; na busca por formas de novos negócios sustentáveis; na criação de valor associado à economia compartilhada; na adoção da Responsabilidade Socioambiental Empresarial e da ética nos negócios; nas alterações em processos produtivos; e no uso de matérias primas menos impactante. Verificamos também que, como incorporação das críticas e como contraponto às práticas hegemônicas de produção e consumo, o movimento slow fashion propõe não apenas a desaceleração do tempo de produção e consumo de roupas, mas também um empoderamento e ativismo político na área do design de moda, tanto na produção quanto no consumo. A pesquisa identificou a existência de alterações no setor em função da incorporação das críticas, em especial a crescente eticização da moda.
Abstract: The fashion and textile industry is one of the largest business segment in the world. However, this segment has been the subject of ethics, aesthetics and environmental criticism, especially so-called "fast fashion", a high-speed production system, integrated with information technology, which manages releases, sales, inventory and manufacturing clothes, turning datasheets of garments in a finished product within points of sale in a few days. The fast fashion phemomenon settled in the fashion industry in the last decades of the twentieth century as a result of the dynamics of global capitalism in search of lower cost and reduced production, time, space, distribution and sale. The fast fashion, however, has been socially criticised as it’s based on precarious work and promoting hyper consumption which leads to quick disposal of clothing, consumption of natural resources at breakneck scale and also the standardization of the body and spread a subtle homogenization of the appearance, promoted by the fashion media. The research has mapped and analysed the relationship between fashion and social criticism, with emphasis on appearance, construction and current settings of the ethical criticism and aesthetics to fast fashion. It has also mapped and analysed some answers that the market has given to such criticism, as well as alternative proposals built by various social groups, in particular the slow fashion movement: its concept, ideas and production proposals, consumption and engagement. From the politicization of consumption and macro trends that are configured as a socio-cultural background of the fashion consumption trends, we see the various forms of expression of these criticisms and seek to understand its incorporation into the market. For this, we rely on the theoretical framework of Boltanski and Chiapello (2009), which considers the incorporation of criticism as necessary to the moral justification of capitalism and its maintenance. The results indicate that the criticisms are expressed and are incorporated by fashion design professional, in consumption practices. in the pursuit of sustainable business forms, creating value associated with the shared economy, the adoption of Corporate Social Responsibility, in changes in production processes and the use of lower-impact materials. We also verified that as a way of incorporating criticism as a counterpoint to the hegemonic practices of production and consumption, the movement "slow fashion" proposes not only deceleration time of production and consumption of clothes, but also empowerment and political activism in the area of fashion design. In conclusion, the research identified as a response to criticism, the existence of changes in the sector and the growing ethicization fashion.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9472
Appears in Collections:Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade

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