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Tipo do documento: Tese
Title: Padrões ecomorfológicos em peixes de uma baía tropical no sudeste do Brasil: abordagens utilizando forma dos otólitos sagittae, forma corporal e dieta
Other Titles: Ecomorphological patterns in fish from a tropical bay in southeastern Brazil: approaches using shape of the sagittae otoliths, body shape and diet
Authors: Santos, Rosa da Silva
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson
Primeiro membro da banca: Araújo, Francisco Gerson
Segundo membro da banca: Santangelo, Jayme Magalhães
Terceiro membro da banca: Ferreira, Ildemar
Keywords: Peixes costeiros;Otólitos;Dieta;Morfologia;Baía de Sepetiba;Coastal fish;Otoliths;Diet;Morphology;Sepetiba Bay
Área(s) do CNPq: Biologia Geral
Idioma: por
Issue Date: 15-Aug-2019
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Citation: SANTOS, Rosa da Silva. Padrões ecomorfológicos em peixes de uma baía tropical no sudeste do Brasil: abordagens utilizando forma dos otólitos sagittae, forma corporal e dieta. 2019.128 f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019.
Abstract: A ecomorfologia de peixes é o estudo das relações entre a forma corporal dos indivíduos e sua função ecológica, tendo como base primordial a comparação entre os padrões de variação na forma e os padrões de variação de atributos ecomorfológicos, como hábitos alimentares e exploração do nicho. Partindo desse princípio, buscou-se identificar os padrões ecomorfológicos relacionados à forma dos otólitos sagittae, forma corporal, e dieta de espécies que compõem a assembléia de peixes de uma baía tropical no sudeste do Brasil. A ictiofauna amostrada foi proveniente da pesca de arrasto de camarões, predominada por indivíduos de pequeno porte e compreendeu 22 espécies. No segundo capítulo, a análise de agrupamento sobre os dados de contorno dos otólitos (Análises das Elipses de Fourier - EFA) resultou na identificação de 9 grupos. Os diferentes padrões encontrados significam diferentes formas de otólitos com diferentes funções, desde os mais compridos e largos (significando maior capacidade auditiva com forrageio de fundo) até otólitos menores e mais estreitos com rostra proeminente (significando maior capacidade natatória e menor necessidade de comunicação acústica). Foi constatada significante correlação direta entre o tamanho dos otólitos e o tamanho dos peixes para espécies bentônicas que têm otólitos grandes (M. furnieri, P. brasiliensis e O. ruber). Para as demais espécies, o tamanho do otólito não apresentou consistente variação em função do tamanho dos indivíduos que são em sua maioria juvenis. No terceiro capítulo, 13 medidas morfométricas foram tomadas para o cálculo de 10 atributos ecomorfológicos, os quais foram utilizados para interpretação dos hábitos de vida, compreensão das adaptações e diferentes usos do habitat. A análise de Componentes Principais aplicada aos atributos ecomorfológicos permitiu a identificação de 8 grupos. Os atributos ecomorfológicos que mais influenciaram na divisão dos grupos foram índice de compressão (IC), índice de compressão do pedúnculo caudal (ICPCd), altura relativa (AR), posição relativa do olho (PRO) e comprimento relativo da cabeça (CRC). Os peixes que mais se diferenciaram nesta análise foram os Pleuronectiformes (com corpos mais altos e comprimidos lateralmente, indicando serem aptos a deslocamentos verticais com limitada manobrabilidade) e os Scorpaeniformes (com olhos posicionados dorsalmente e cabeça relativamente comprida, indicando ser espécie de hábitos bentônicos apta a capturar presas relativamente grandes), sugerindo diferentes maneiras de explorar o ambiente. No quarto capítulo, através do levantamento bibliográfico baseado em dados secundários, concluiu-se que a maioria das espécies estudadas é carnívora ictiófaga, com alguns casos de canibalismo. Foi notável o uso de crustáceos (Decapoda, Brachyura, Mysidacea), anelídeos (Polychaeta, Nereidae) e moluscos (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda) como itens alimentares de quase todas as espécies, com exceção do Engraulidae Cetengraulis edentulus, que foi a única espécie exclusivamente herbívora, predando componentes do fitoplâncton. Esta espécie ficou isolada das outras nas três abordagens, apresentando elevados valores de ARB, ABO e CRPCd, além de otólitos diferenciados com rostra proeminente, borda 2 ventral denteada e hábito alimentar bastante distinto. Estas características fizeram com que esta espécie permanecesse como um grupo isolado nos três capítulos. Os Gerreidae Eucinostomus gula e Eucinostomus argenteus apresentaram consistente similaridade tanto na morfologia corporal, quanto na morfologia do otólito e hábitos alimentares. Esta consistente similaridade também foi encontrada para Menticirrhus americanus e Paralonchurus brasiliensis, que também se mantiveram juntas nas diferentes abordagens dos três capítulos. Os Pleuronectiformes não apresentaram consistencia e se separaram nas três abordagens, mas se mantiveram sempre próximos, em grupos vizinhos, demonstrando alguma similaridade entre eles, dependendo do nível de corte dos dendogramas. Cathorops spixii não foi utilizado na abordagem de morfologia do otólito, mas se manteve junto a Orthopristis ruber nos capítulos de morfologia corporal e dieta. Os Sciaenidae se mantiveram juntos na abordagem de ecomorfologia corporal (exceto S. rastrifer) e se separaram nas abordagens de ecomorfologia dos otólitos e dieta, mantendo proximidade formando grupos vizinhos nos dendogramas das diferentes análises. Os resultados demonstraram a existência de uma associação entre a morfologia corporal e dos otólitos, e os hábitos de vida e de exploração dos recursos, particularmente os que se relacionam com a alimentação
Abstract: Ecomorphology in fish is the study of the relationships between individuals' body shape and their ecological function, based on the comparison between patterns of variation in shape and patterns of variation of morphological attributes such as feeding habits and niche exploration. Based on this principle, we sought to identify the ecomorphological patterns related to the shape of the sagittae otoliths, body shape, and diet of species that make up the fish assemblage of a tropical bay in southeastern Brazil.The ichthyofauna sampled came from the shrimp trawling, and was dominated by small-sized individuals and comprised 22 species. In the Second Chapter, the cluster analysis on the contour data of the otoliths (Fourier Ellipses Analysis - EFA) resulted in the identification of 9 groups. The different otoliths patterns indicate different functions, from the longer and wider otoliths (associated with greater auditory capacity with botton foraging) to smaller and narrower otoliths with prominent rostra (associated with greater swimming capacity and less need for acoustic communication). A significant correlation was found between the size of the otoliths in relation to the size of the fish for benthic species and that they have large otoliths (M. furnieri, P. brasiliensis and O. ruber). For the other species, the size of the otolith did not present consistent change as function of the size of the individuals that are mostly juveniles. In the Third Chapter, 17 morphometric measurements were taken for the calculation of 10 ecomorphological attributes, which were used to interpret the life habits and a better understanding of the adaptations and occupation of different habitat use. The Principal Components Analysis applied to the ecomorphological attributes allowed the identification of eight groups of fish. The ecomorphological attributes that most influenced the division of the groups were compression index (CI), caudal peduncle compression index (ICPCd), relative height (RA), relative eye position (PRO) and relative head length (CRC). Therefore, the fish that most differed in this analyses were the Pleuronectiformes (with high bodies laterally compressed, indicating to be able to vertical displacements with limited maneuverability) and the Scorpaeniformes (with eyes positioned dorsally and with a relatively long head indicating benthic habits capable of catching relatively large prey), suggesting different ways to explore the environment. In the Fourth Chapter, through the bibliographic survey based on secondary data, it can be concluded that the great majority of the species studied are carnivorous ichthyophagous (13 species), of which some practice cannibalism. It was noticiable the use of crustaceans (Decapoda, Brachyura, Mysidacea), annelids (Polychaeta, Nereidae) and molluscs (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda) as food items of almost all species, with the exception of Engraulidae Cetengraulis edentulus which was the only exclusively herbivorous species preying on phytoplankton components.This species was isolated from the others in the three approaches, presenting high values of ARB, ABO and CRPCd, as well as differentiated otoliths with prominent rostra, dented ventral border and quite different feeding habits. These characteristics constrain this species to remain in an isolated group in the three approaches. Gerreidae Eucinostomus gula and Eucinostomus argenteus presented consistent similarity in both body morphology, otolith morphology and feeding habits. This consistent similarity was also found for Menticirrhus americanus and Paralonchurus brasiliensis, which also remained grouped together in all three approaches.The Pleuronectiformes did not form a consistent group in the 4 different approaches, but were always organized in neighboring groups demonstrating a certain level of similarity between them, depending on the level of cut of the dendograms. Cathorops spixii was not used in the otolith morphology approach, but it remained with Orthopristis ruber in the chapters on body morphology and diet. The Sciaenidae stayed together in the body ecomorphology approach (except S. rastrifer) and separated in the ecomorphology approaches of the otoliths and diet, maintaining proximity forming neighboring groups in the dendrograms of the different analyzes. The results demonstrated the existence of an association between body morphology and otoliths, and the life and exploitation habits of resources, particularly those related to food
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9197
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