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Tipo do documento: Dissertação
Title: Caracterização de Malassezia spp. isoladas de conduto auditivo de cães e gatos e avaliação dos fatores de virulência
Other Titles: Characterization of Malassezia spp. isolated from the external ear canal of dogs and cats and evaluation of virulence factors
Authors: Makita, Mário Tatsuo
Orientador(a): Baroni, Francisco de Assis
Primeiro membro da banca: Baroni, Francisco de Assis
Segundo membro da banca: Ramadinha, Regina Helena Ruckert
Terceiro membro da banca: Costa, Gisela Lara da
Keywords: malasseziose;diagnóstico microbiológico;infecção fúngica;malasseziosis;microbiological diagnosis;fungal infection
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Issue Date: 25-Apr-2019
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Citation: MAKITA, Mário Tatsuo. Caracterização de Malassezia spp. isoladas de conduto auditivo de cães e gatos e avaliação dos fatores de virulência. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária, Patologia e Ciências Clínicas). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019.
Abstract: O gênero Malassezia compreende 18 espécies de leveduras lipofílicas e lipodependentes, componentes naturais da microbiota da pele dos animais endotérmicos, incluindo humanos, e conhecido agente oportunista em dermatites e otites. A maior parte da casuística de otite fúngica em cães é atribuída a M. pachydermatis, mas espécies lipodependentes também podem ser agentes desta afecção, sendo possível a ocorrência de subdiagnósticos. Na rotina clínica veterinária, é comum o uso do exame direto de amostras otológicas como ferramenta auxiliar para direcionar uma melhor conduta terapêutica. Tendo os pontos mencionados em vista, o trabalho objetiva realizar isolamento de Malassezia spp. a partir de amostras de cerúmen de cães e gatos com otite, identificando-as a nível de espécie, observar a presença da Malassezia em infecções otológicas mistas ou puras, verificar in vitro a produção dos principais fatores de virulência inerentes à patogenicidade e correlacionar esses resultados com a natureza da infecção. Foram utilizadas 170 amostras oriundas dos condutos auditivos externos de 94 cães e 11 gatos com otite clínica, encaminhadas ao Laboratório de Leveduras Patogênicas e Ambientais da UFRRJ, onde foram semeadas nos meios Agar Dixon Modificado e Agar Sabouraud Dextrose 2% com Cloranfenicol. Foram realizados testes clássicos para identificação fenotípica, como preconizado por Kurtzman et al. (2011), análise proteômica por MALDI-TOF MS e bioquímico por VITEK® 2 para confirmação da identificação. Para análise da virulência foram testadas as produções de proteases, fosfolipase, lipases, esterases e hemolisina. Dos 105 animais, 63% (66) animais possuiam Malassezia spp. nas suas amostras, sendo uma delas lipodependente, e 37% (39) não tinham a levedura. O valor preditivo positivo e negativo do exame direto foi de 75,58 e 67,19%, respectivamente. A sensibilidade do exame em relação ao isolamento foi de 75,58% e 67,19% de especificidade. Não houve diferença significativa entre a recuperação das leveduras no diagnóstico em Agar Sabouraud Dextrose 2% e Agar Dixon Modificado. Na identificação por espectrofotometria de massa obteve-se 82% de acurácia na identificação dos isolados, não havendo scores mínimos de identificação para as restantes. O VITEK® 2, identificou erroneamente as amostras analisádas. Para os testes enzimáticos, 100% (96) das amostras foram positivas para a produção de proteases e lipases. Apenas uma amostra não foi produtora de fosfolipase e esterase. 89% (86) das amostras foram positivas para a produção de hemolisina. Percebe-se que a utilização do Agar Dixon Modificado é importante na rotina laboratorial de diagnóstico microbiológico de otites canina e felina, para ampliar a gama de espécies de Malassezia diagnosticadas. O exame direto, realizado no laboratório, mostrou ser um bom indicador para a presença da levedura, mas não necessariamente para indicar seu envolvimento na infecção. Conclui-se que não há diferença entre o uso de ASD e ADM no diagnóstico laboratorial da Malassezia. Além disso, essas leveduras possuem alta atividade enzimática in vitro, possivelmente integrando a patogênese da otite microbiana, mesmo quando não aparentam ser o principal agente envolvido, como nos casos de otites mistas, incluindo os casos comb baixas contagens no isolamento.
Abstract: The genus Malassezia currently comprises 18 species of lipophilic and lipiddependent yeasts. Although regarded as a normal part of the skin microbiota of warmblooded vertebrates, including humans, these may also become opportunistic agents in dermatitis and otitis. Fungal otitis in dogs has traditionally been associated with M. pachydermatis, even though lipid-dependent species are commonly found frequently resulting in misdiagnosis. In the veterinary clinical routine, microscopy of otological samples is used as an auxiliary tool towards the implementation of adequate drug therapies. The aim of this work was the isolation of Malassezia spp. from otitis samples from dogs and cats, their respective identification to species level, observe the presence of Malassezia in pure and/or co-infections, in vitro assessment of the main virulence factors being produced, which are inherent to the genus pathogenicity and the establishment of a correlation between the detected virulence factors and the nature of the infection. A total of 170 samples from the external ear canal of 94 dogs and 11 cats with clinical otitis were sent to the Laboratório de Leveduras Patogênicas e Ambientais - UFRRJ, where they were inoculated in Modified Dixon Agar and Sabouraud Dextrose 2% Agar supplemented with chloramphenicol. Classical methods allowed for the phenotypic identification, as recommended by Kurtzman et al. (2011) further corroborated through proteomic analysis by MALDI-TOF MS and biochemical analysis by VITEK® 2. For virulence analysis, protease, phospholipase, lipase, esterase and hemolysin production were tested. Of the 105 animals, 63% (66) individuals were positive for Malassezia spp., as one lipid dependent, and 37% (39) were negative for the genus. The positive and negative predictive values of the direct exam were 75.58% and 67.19%, respectively. The sensitivity of the isolation test was 75.58% and the specificity 67.19%. There was no significant difference between yeast recovery in Sabouraud Dextrose 2% Agar and Modified Dixon Agar. The identification by mass spectrophotometry had an 82% accuracy in the identification of the isolates and remaining isolates did not reach the identification score, whereas VITEK® 2 misidentified all the samples. For the enzymatic tests, 100% (96) of the samples were positive for the production of proteases and lipases. Only one sample did not produce neither phospholipase nor esterase. 89% (86) samples were hemolysin producers. It was possible to conclude that the use of Modified Dixon Agar is important in the laboratory routine for microbiological diagnosis of canine and feline otitis, extending the range of Malassezia species diagnosed. Direct microscopic examination proved to be a good indicator of the presence of yeast, but not enlightening regarding its involvement in the infection. In addition, these yeasts have high enzymatic activity in vitro which may be relevant to the pathogenesis of microbial otitis, even when the yeast is not the main pathological agent, as in co-infection otitis, even with low isolation counts.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14094
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