Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13897
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorMarques, Graziele Marcela Balieiro
dc.date.accessioned2023-12-22T02:52:12Z-
dc.date.available2023-12-22T02:52:12Z-
dc.date.issued2021-10-08
dc.identifier.citationMARQUES, Graziele Marcela Balieiro. Os donos da canção: um estudo sobre a relação das gravadoras com a ditadura militar brasileira, sob a ótica da censura (1966-1978). 2021. 200 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2021.por
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13897-
dc.description.abstractEste trabalho tem por objetivo compreender como se deu a relação das gravadoras com a ditadura militar, sendo a censura um importante elemento para isso. Foi necessário buscar entender como a indústria fonográfica brasileira estava se organizando nos anos de 1966 a 1978 e estudar sobre as táticas utilizadas pelas gravadoras na venda de compactos simples, compacto duplo e LP. Optei por não seguir a dicotomia de que a indústria fonográfica se consolidou em favorecimento da música nacional ou da música internacional. Penso que o interesse era vender música prensada, não importa se era música nacional ou estrangeira, mas sim tornar rentável o produto que viesse a ser lançado no mercado. Presumo não ser possível unificar o consumo do mercado durante a ditadura militar, diante dos dados obtidos nas listas de pesquisas de mercado do IBOPE. Também vale lembrar que se tratava de um mercado fonográfico que vivia tempos de censura e outras repressões políticas. Por essa razão, busquei falar como as gravadoras estavam se articulando com a ditadura militar, para ter seus discos autorizados pela Censura. Os artistas também estão presentes nessas discussões, quando esses de algum modo negociam com os censores e recorrem a autocensura para continuarem produzindo. Viu-se o Estado na postura contraditória de controlar o que vinha sendo produzido no cenário cultural, adotando o papel de tutelador da infraestrutura necessária para a instalação de indústrias de cultura. Incluindo as empresas da indústria da música e o crédito gerado a partir da isenção fiscal, que de certa forma permitiu o financiamento da música brasileira através da chamada Lei Disco é Cultura. Também foi discutido a respeito da preocupação da Censura em não causar prejuízos econômicos para determinadas gravadoras e seus artistas. Mas que a mesma complacência não se viu, no tratamento de artistas que tinham uma imagem vinculada a opositor da política vigente. Isso também refletiu não apenas na censura de capas de discos, onde abordei a imagem estampada nos LPs, como mais um elemento catalisador de público e lucro para as gravadoras.por
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectMercado fonográficopor
dc.subjectMúsica popular brasileirapor
dc.subjectDitadura Militarpor
dc.subjectCensurapor
dc.subjectPhonographic marketeng
dc.subjectPopular Brazilian Musiceng
dc.subjectMilitary dictatorshipeng
dc.subjectCensorshipeng
dc.titleOs donos da canção: um estudo sobre a relação das gravadoras com a ditadura militar brasileira, sob a ótica da censura (1966-1978)por
dc.title.alternativeThe song owners: a study on the relationship between recording companies and the Brazilian military dictatorship, from the perspective of censorship (1966-1978)eng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.abstractOtherThis work aims to understand how the relationship between recording companies and the military dictatorship occurred, with censorship being a crucial element for that. It was necessary to seek to understand how the Brazilian phonographic industry was organizing itself in the years 1966 to 1978 and to study the tactics used by record companies in the sale of single, double and LP records. I chose not to follow the dichotomy that the recording industry was consolidated in favor of national music or international music. The interest was to sell press music, no matter if it was national or foreign music, but to make profitable the product that was launched in the market. I assume that it is not possible to unify market consumption during the military dictatorship given the data obtained from IBOPE's market research lists. It is also worth remembering that it was a phonographic market that was experiencing times of censorship and other political repressions. For this reason, I tried to talk about how the record companies were articulating with the military dictatorship to have their records authorized by the Censura. Artists are also present in these discussions when they somehow negotiate with the censors and resort to self-censorship to continue producing. The State was seen in the contradictory posture of controlling what was being produced in the cultural scenario, adopting the role of guardian of the infrastructure necessary for the installation of cultural industries, including music industry companies, and the credit generated from the tax exemption that somehow allowed the financing of Brazilian music through the so-called Disco é Cultura law. It was also discussed the Censorship's concern with not causing economic damage to certain record companies and their artists, but that the same complacency was not seen in the treatment of artists who had a linked image of opponents of the current policy. This was also reflected not only in the censorship of record covers, where I also addressed the image stamped on LPs yet another catalyst for audience and profit for record labels.eng
dc.contributor.advisor1Magalhães, Felipe Santos
dc.contributor.referee1Magalhães, Felipe Santos
dc.contributor.referee2Campos, Pedro Henrique Pedreira
dc.contributor.referee3Kushnir, Beatriz
dc.creator.ID001.171.542-10por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9105365561689741por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociaispor
dc.publisher.initialsUFRRJpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapor
dc.relation.referencesADORNO, T. W., HORKHEIMER, M. A Indústria Cultural: O esclarecimento como mistificação das massas. In: Dialética do Esclarecimento. Fragmentos Filosóficos, 1947. ADORNO, T. W. A indústria cultural. In: Público, massa e cultura. 1963, pp. 287-288, Disponível em: <<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1093512/mod_resource/content/1/Adorno_IndustriaCultural.pdf>> ARAÚJO, Paulo César de. Eu não sou cachorro, não: a música popular cafona e a ditadura militar. 9ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2015. BERG, Creuza. Mecanismos do silêncio: expressões artísticas e censura no regime militar (1964-1984). São Carlos: EdUFSCar, 2002. BOURDIEU, P. Capital Simbólico e Classes Sociais. Disponível em: <<http://www.scielo.br/pdf/nec/n96/a08n96.pdf>> CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. São Paulo: Ed. 34, 1997. CAROCHA, Maika Lois. Pelos versos das canções: um estudo sobre o funcionamento da censura musical durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). Dissertação de mestrado. UFRJ, 2007; DESTRI, Luisa, in: Um cineasta sueco em Copacabana, em 15/08/2018, in: < https://revistapesquisa.fapesp.br/um-cineasta-sueco-em-copacabana/> Acesso em: 30/10/2021. FICO, Carlos. Como eles agiam: subterrâneos da ditadura militar: espionagem e polícia política. Rio de Janeiro: Record, 2001. _____________ “Prezada Censura”: cartas ao regime militar. Topoi, Rio de Janeiro, dez. 2002, pp. 251-286; e o capítulo: O Estado contra o povo. DIAS, M. T. Indústria fonográfica: pressupostos teóricos e históricos. In: Os donos da voz: Indústria fonográfica brasileira e mundialização da cultura. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2008. FAGUNDES, C. Censura & liberdade de expressão. São Paulo: Edital. 1974 GARCIA, Miliandre. A censura de costumes no Brasil: da institucionalização da censura teatral no século XIX à extinção da censura da constituição de 1988. 2009. 77 p. Trabalho de Conclusão à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, 2009. _______________. “Ou vocês mudam ou acabam”: teatro e censura na ditadura militar (1964-1985). Rio de Janeiro: UFRJ/IFCS, 2008. Tese (Doutorado em História). HOLLANDA, H. B. e PEREIRA, C. A. Patrulhas Ideológicas. São Paulo: Brasiliense, 1980. KUSHNIR, B. The end: a censura de estado e a trajetória dos dois últimos chefes da censura brasileira. Proj. História, São Paulo, (29) tomo 1, p. 107-124, dez. 2004. Disponível em: << https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/9948/7388>> _________. Cães de Guarda: jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1988. São Paulo: Boitempo, 2012. _________. Depoimento de Coriolano de Loyola Cabral Fagundes. Revista do Arquivo Geral do Rio de Janeiro, n.7, 2013, p. 322. Disponível em: < http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/depoimento-de-coriolano-de-loyola-cabral-fagundes/> LAGO, Luís Aranha Correia do. “Milagre econômico brasileiro”. Disponível em: << http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/milagre-economico-brasileiro>> MARCELINO, Douglas Attila. Subversivos e pornográficos: censura de livros e diversões públicas nos anos de 1970. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001 MARQUES, Graziele. III Festival Internacional da Canção: esquerda e engajamento artístico em 1968. Monografia (Licenciatura em História) – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ, 2017. MORELLI, Rita de Cássia Lahoz. Indústria fonográfica: um estudo antropológico. 2ª. ed. Campinas: Editora Unicamp, 2009 MOTTA, Nelson. Noites Tropicais: solos, improvisos e memórias musicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 MIDANI, André. Do vinil ao download. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015 NAPOLITANO, M. A arte engajada e seus públicos (1955-1968). Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nº 28, 2001 _______________. A MPB sob suspeita: a censura musical vista pela ótica dos serviços de vigilância política (1968-181). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 24, nº 47, 2004. _______________. História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014 _______________. Coração Civil: a vida cultural sob o regime militar (1964-1985). São Paulo: Intermeios, 2017. NETO, José Rada. As aventuras de Raul Seixas no campo musical: trajetória artística e relações com a indústria fonográfica (1967 – 1974). Dissertação (mestrado), Universidade Federal de Santa Catarina, 2012, p. 154 OLIVEIRA, Adriana Mattos de. A Jovem Guarda e a Indústria Cultural: análise da relação entre o movimento Jovem Guarda, a indústria cultural e a recepção de seu público. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 110 p., 2011. OLIVEIRA, Claudio Pacheco de. Disco é Cultura: a expansão do mercado fonográfico brasileiro nos anos de 1970. Dissertação (Mestrado) – Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais. Rio de Janeiro, 2018 ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Braziliense, 2001. RIDENTI, Marcelo. A indústria cultural brasileira na formulação de Renato Ortiz. Ciências Sociais Unisinos, vol. 54, núm. 2, p.156-160, 2018. RODRIGUES, Carlos. CENSURA FEDERAL (conjunto de leis). Brasília, 1971, p. 195. SANDRONI, C. Adeus à MPB. In: Berenice Cavalcanti; Heloísa Starling; José Eisenberg. (Org.). Decantando a República: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira. V. 1. Outras conversas sobre os jeitos da canção. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Aramo, 2004 SILVA, Alberto Moby Ribeiro da. Sinal Fechado: a música popular sob censura (1937-45/ 1969-78). 2ª ed. Rio de Janeiro: Ateliê 2007, 2007. SOARES, Gláucio Ary Dillon. A censura durante o regime autoritário. RBCS, nº 10, vol. 4 jun. de 1989. SUMAN, K. O jabá no rádio FM: Atlântida, Jovem Pan e Pop Rock. Mestrado (Ciências da Comunicação). Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) – Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação. São Leopoldo, 2006. VICENTE, Eduardo. Organização, crescimento e crise: a indústria fonográfica brasileira nas décadas de 60 e 70. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación. Vol. VIII, n. 3, sep-dic. 2006. ____________. Indústria da música ou indústria do disco? A questão dos suportes e de sua desmaterialização no meio musical. Rumores, ed. 12, ano 6, n. 2, jul-dez. 2012 ________________. Da vitrola ao ipod: uma história da indústria fonográfica no Brasil. São Paulo: Alameda, 2014,por
dc.subject.cnpqHistóriapor
dc.thumbnail.urlhttps://tede.ufrrj.br/retrieve/72948/2021%20-%20Graziele%20Marcela%20Balieiro%20Marques.pdf.jpg*
dc.originais.urihttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/6522
dc.originais.provenanceSubmitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2023-04-14T18:06:48Z No. of bitstreams: 1 2021 - Graziele Marcela Balieiro Marques.pdf: 2322411 bytes, checksum: 1b38d09468e1e07cb5d693f565bdff86 (MD5)eng
dc.originais.provenanceMade available in DSpace on 2023-04-14T18:06:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2021 - Graziele Marcela Balieiro Marques.pdf: 2322411 bytes, checksum: 1b38d09468e1e07cb5d693f565bdff86 (MD5) Previous issue date: 2021-10-08eng
Appears in Collections:Mestrado em História

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2021 - Graziele Marcela Balieiro Marques.pdf2.27 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.