A temática dos agrotóxicos na formação do técnico em meio ambiente do Instituto Federal do Amazonas

Abstract

O Brasil destaca-se como um dos maiores produtores agropecuários do mundo, alcançando o segundo lugar no índice de exportação desses produtos. Ao mesmo tempo, o país desponta como maior consumidor de agrotóxicos no ranking mundial. Em uma perspectiva regional brasileira sobre a temática, temos o Estado do Amazonas como um grande consumidor de agrotóxicos, pois, de acordo com pesquisas recentes, consome cinquenta por cento a mais em relação a média nacional. Nesse cenário encontra-se a cidade de Itacoatiara, maior produtor de abacaxi amazonense, despontando na oitava posição no ranking nacional de produção da fruta, sendo esta uma das maiores fontes de renda do município. Paralelamente ao crescimento no uso desses compostos, foram criados atos normativos que regulamentam sua utilização, tendo como grande marco a Lei 7.802/1989 conhecida como a Lei dos Agrotóxicos. Entretanto, apesar do arcabouço legal existente, poucos são os agricultores que conhecem e praticam o que determina tais legislações. É nesse contexto que a Educação Ambiental surge como um promotor do conhecimento sobre o tema em questão, a partir de uma metodologia onde o homem aprende como funciona o ambiente e sua importância, atuando no desenvolvimento de ações sustentáveis. A cidade de Itacoatiara conta com um campus do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que por sua vez dispõe dos cursos técnicos em Meio Ambiente e Agropecuária. Isto posto, o objetivo desta pesquisa surge da necessidade de investigar e compreender o nível conhecimento dos estudantes do curso técnico de Meio Ambiente do IFAM, acerca dos agrotóxicos e seu manuseio, mas especificamente o cultivo do abacaxi, por ser a cultura mais representativa na região. Espera-se, com este trabalho, contribuir para a formação desses discentes, através da compreensão sobre a problemática no município supracitado, em consonância com os aspectos legais, educacionais e ambientais. Dessa forma, acredita-se que este trabalho possa contribuir na formação de futuros multiplicadores ambientais, para um meio ambiente equilibrado, saudável e de qualidade, para as gerações presentes e futuras, conforme previsto na Constituição Federal.