Caracterização da biota do solo da Restinga da Marambaia, RJ, e estabelecimento de simbiose micorrízica em Schinus terebinthifolius Raddi

Abstract

As Restingas, ecossistemas associados ao Bioma Mata Atlântica, encontram-se em franco estado de devastação. Com o objetivo de contribuir para a conservação e recuperação desses ecossistemas costeiros, foi realizada uma investigação sobre as características apresentadas pela estrutura da comunidade da fauna do solo (Capítulo I) e dos fungos micorrízicos arbusculares (Capítulo II) em dois fragmentos florestais (FF) sujeitos à diferentes condições de saturação do solo, na Restinga da Marambaia, RJ, além de um estudo envolvendo a formação da simbiose micorrízica na produção de mudas de uma espécie florestal nativa, Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-pimenteira), cujas informações são de grande valia em programas de recuperação de áreas degradadas de restina (Capítulo III). Com relação à fauna do solo, Formicidae foi o grupo mais abundante na restinga, onde foram encontrados grupos que só são verificados em ambientes não perturbados, demonstrando uma condição ecológica favorável; houve diferenças entre as dua áreas estudadas quanto ao índice de Shannon, densidade de indivíduos e riqueza de grupos. Quanto aos fungos micorrízicos arbusculares (FMAs), Acaulospora foi o gênero com maior riqueza de espécies, enquanto Glomus foi aquele mais frequente encontrado; as áreas diferiram entre si em relação à densidade de esporos, que foi maior naquela com menor saturação do solo por água. A produção de mudas de Schinus terebinthifolius, na qual empregou-se dois tipos de substratos, um formulado com esterco bovino e outro com lodo de estação de tratamento resíduos industriais, na presença e na ausência de inoculação com FMAs, mostro que aquele que foi formualado com esterco promoveu ganhos significativos às plantas, não tendo sido verificadas diferenças estatísticas entre os tratamentos inoculados e os testemunha.