Balanço de carbono das indústrias de celulose e papel do brasil

Abstract

Foi analisado o balanço de carbono das indústrias de celulose e papel do Brasil, baseado na quantidade de carbono capturado da atmosfera pelo reflorestamento e o consumo energético na produção de celulose e papel. Em 1970 a produção de celulose e papel que foi de 1,876 milhões de toneladas atingiu 19,905 milhões em 2006. A energia consumida desse setor nos mesmos períodos aumentou de 934 mil tep (toneladas equivalentes de petróleo) para 8.016 mil, emitindo 1.215 e 2.698 mil toneladas de CO2, respectivamente. Em 2005 o setor de indústria de celulose e papel mantinha 1.320,5 milhão e 343,7 mil hectares de reflorestamento de eucalipto e de pinus, respectivamente, e um adicional de 554,7 mil hectares de floresta nativa destinada exclusivamente para a conservação da natureza, os quais apresentaram, respectivamente, um estoque de 43,5; 18,6 e 31,6 milhões de toneladas de carbono, totalizando 93,7 milhões de toneladas. O nível de consumo de energia e emissão de CO2 por toneladas de celulose de 1970 a 2006 baixaram, respectivamente, de 0,498 tep para 0,403 e 0,648 tCO2 para 0,136. A partir do período de vigência do Protocolo de Quioto (1990-2006) a quantidade de CO2 emitido pelo setor de celulose e papel somou 51 milhões de toneladas e a quantidade fixada de 708 milhões de toneladas. O balanço de CO2 apresentou nesse período um saldo positivo de 692 milhões de toneladas, valorado em 935 milhões de dólares a preço de mercado.